Ode de morte!
Querida vida,venho por este meio te informar que neste momento estou morta.
Morri no dia que nasci porque viver foi cruel e ávido para a minha alma sensível.
Vivi muitas vidas mas esta foi demasiado cruel,foste injusta e perversa com a minha mente.
Debilitaste o meu ser,a minha mente,fizeste-me entrar numa vida que não pertenço e quanto muito a mereço.
Fiquei á mercê de chacais,monstros e mentes mais.
Fizeste-me diferente e incapaz de ser amado.Ao espelho vi migalhas de quem poderia ser mas a crueldade de viver foi-se na sombra do querer perder.
Perdi-me nas encostas de uma montanha ao querer abraçar quem nunca me fez viver.
Toda eu sou vislumbre de um mundo sem eu ser.A pobreza retalhou-me,a indefesa colheu-me.
Na mente sombria a luz não fez razão,pois aqui estou no meu caixão.
Quem me chora nunca entendeu que nada mais há a dizer,vivi sem sorrisos,sem vontades,sem validade.
Os abraços nunca foram ternos a fraternidade sempre foi um erro.
Vida,agora vibra sem mim,os meus carrascos nunca me entenderam,fui fraca eu sei mas a liberdade saboreie num minuto depois deitei.
Chorei uma última lágrima no meu último suspiro e dentro dela caminhei talvez para o limbo nem sei.
A minha paz finalmente encontrei,desilusões e desamores desonrei na vida que encontrei.
Querida vida por ti não vivi só sonhei,os sofrimentos encontrei neste caminho que pisei.
Odes a mim não terei,talvez um mero alívio na memória de onde estarei.